Sem dúvida, Gojo Satoru é um personagem que define “overpower” em Jujutsu Kaisen. A força inigualável do sujeito chega a ser tão esmagadora que todos, de aprendizes de feiticeiro a monstros amaldiçoados, o temem. Ele é o Michael Jordan do mundo sobrenatural de Jujutsu Kaisen, sem exagero.
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Mas, eis a questão: ser tão poderoso desde o começo da série coloca o mangaká Gege Akutami em uma encruzilhada. Como você mantém as coisas interessantes quando tem um personagem que é praticamente invencível? É como jogar um videogame no modo “Deus” — legal no começo, mas depois fica entediante.
Até agora, Akutami fez um trabalho notável em contornar esse obstáculo. A série apresentou antagonistas como Sukuna e Kenjaku que, mesmo que não sejam tão fortes quanto Gojo, têm outros truques na manga.
Vamos ser sinceros, a galeria de vilões como Hanami, Jogo e Mahito são basicamente aperitivos para Gojo. A verdadeira carne da história está nos antagonistas que conseguem jogar o jogo estrategicamente.
Akutami também não poderia simplesmente introduzir um personagem mais forte para derrotar Gojo. Isso anularia toda a essência do personagem, que foi construído como o ápice da força no universo da série.
Quando Itadori pergunta a Gojo se ele pode derrotar Sukuna, não é bravata quando ele diz que sim. Gojo sabe o que está fazendo; ele não é só músculos e poder, mas também um estrategista inteligente.
Os desafios enfrentados por Gojo não se resumem a quem tem o soco mais forte ou a maldição mais maligna. São desafios que exploram suas poucas, mas significativas, fraquezas. Toji, por exemplo, não o derrotou em um duelo de poderes; ele pegou Gojo de surpresa. E Kenjaku? Ah, o velho Kenjaku usou nada menos que o corpo de Geto para emboscar Gojo. Inteligente, não?
Isso traz uma dinâmica fascinante à série. Ao invés de simplesmente contar uma história em que o herói mais forte ganha, Akutami nos mostra que até os gigantes têm seus pontos fracos. A estratégia é a chave aqui, não o poder bruto. Sukuna ainda não usou sua própria técnica amaldiçoada contra Gojo, provavelmente porque isso seria uma maneira previsível e pouco inspirada de abordar o conflito.
Por fim, Akutami realmente tornou o cenário mais complexo com a introdução de um personagem tão poderoso como Gojo, mas também mais cativante. Eles não levaram o caminho fácil. Em vez de desvalorizar Gojo para tornar a história mais gerenciável, Akutami dobrou a aposta, desenvolvendo enredos e conflitos que mantêm o personagem relevante sem diminuir sua aura invencível.
O próximo grande duelo com Sukuna será crucial. Se Akutami decidir que é hora do reinado de Gojo terminar, vai ter que ser de um jeito que faça jus ao personagem que eles tão cuidadosamente construíram como o mais forte. E isso, amigos, é escrita de personagem feita direito.
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