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Os personagens trans de My Hero Academia estavam muito à frente de seu tempo

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Com um dos maiores elencos de personagens no mundo dos mangás, é natural que My Hero Academia abrace a diversidade humana, incluindo a comunidade LGBTQ+.

Embora a indústria de mangás no Japão não seja conhecida por sua abertura em relação a tópicos sensíveis, como a diversidade sexual, o criador do mangá, Kohei Horikoshi, tomou a iniciativa de incluir personagens LGBTQ+ em sua narrativa, desafiando as normas.

Um exemplo notável é Yawara Chatora, também conhecido como Tiger, membro da equipe pró-herói Wild, Wild Pussycats, introduzido no capítulo 72.

O modo como ele desafia os estereótipos de gênero, ao preferir usar minissaias, é uma clara manifestação de sua identidade de gênero. Embora a história não aborde explicitamente sua identidade, a descrição oficial no mangá revela sua jornada de transição realizada na Tailândia.

Heróis e vilões transgêneros de My Hero Academia

Outro exemplo é Kenji Hishiki, conhecido como Magne, da Liga dos Vilões. A expressão de sua identidade de gênero é mais sutil, mas ainda perceptível para leitores atentos.

Apesar de sua aparência masculina, suas interações com sua equipe e seu Quirk magnético, que repele pessoas do mesmo sexo, indicam sua identidade transgênero.

Embora esses personagens tenham um papel coadjuvante, eles desempenham um papel importante na representação LGBTQ+ no mangá.

Contudo, a inclusão de personagens transgêneros pode passar despercebida, devido à falta de destaque e ao fato de que pistas são integradas naturalmente à história.

Kohei Horikoshi parece estar ciente da importância de representação mais visível. Através do personagem Minoru Mineta, membro da Classe 1-A, ele sutilmente explora a sexualidade.

No capítulo 321, durante uma batalha, Mineta deixa escapar seus sentimentos por Deku, sugerindo bissexualidade. Embora não haja confirmação definitiva, o debate em torno disso mostra como o mangá está avançando na representação LGBTQ+.

My Hero Academia não apenas oferece uma emocionante narrativa de super-heróis, mas também está desbravando novos caminhos na inclusão.

Ao incorporar personagens transgêneros e explorar sutilmente a sexualidade, o mangá destaca-se como um pioneiro na representação LGBTQ+.

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Última atualização: 29/08/2023 08:53

Matheus Gimenez

Escritor do animerant.com.br e um entusiasta do universo dos animes que não curte muito mangás, mas quando pega para ler, termina em pouquíssimo tempo.

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