Se você pensava que Dragon Ball Z tinha se encerrado com chave de ouro em suas sagas anteriores, prepare-se para a Saga Buu.
Afinal, ela é um caldeirão borbulhante de altos e baixos, reviravoltas e uma bagunça generalizada que deixa os fãs divididos.
Aqui, vamos falar sobre três elementos centrais que tornam esta saga tão fascinante e, ao mesmo tempo, tão frustrante: Vegeta, Buu e as Fusões.
Em termos de conteúdo e ação, a Saga Buu é de tirar o fôlego. Temos a espetacular batalha entre Goku e Majin Vegeta, o momento emocionante do sacrifício de Vegeta e a surpreendente revelação de fusões como Gotenks e Vegeto.
Mas por que paramos de falar sobre Gohan, que deveria ser a próxima geração de heróis? Por que ele ficou de escanteio para que Goku voltasse ao centro das atenções?
Os principais problemas
A saga começa com a promessa de desenvolvimento para Gohan, mas em um giro decepcionante, ele volta aos seus antigos hábitos. Lembra-se da luta contra Cell? A arrogância de Gohan ao liberar seu potencial total contra Super Buu é uma reminiscência daquele tempo, e no final, ele acaba sendo absorvido.
Além disso, temos a mecânica da fusão, que, embora visualmente espetacular, age quase como um deus ex machina na narrativa. Parece que as fusões deveriam resolver tudo instantaneamente. O retorno de Goku e seu golpe final, a Genki Dama contra Kid Buu, também nos faz questionar: o que aconteceu com a ideia de passar o bastão para a nova geração?
A Saga Buu também sofre de um problema de identidade. Temos informações sobre o Supremo Kai, o Reino do Demônio e personagens como Dabura, Babidi e Majin Buu. Acrescente a isso a enxurrada de transformações e fusões, e você tem um arco sobrecarregado de conteúdo que às vezes dificulta o acompanhamento. Não é de admirar que essa saga tenha uma recepção tão mista.
Vegeta, o ponto alto em meio ao caos
Mas nem tudo é negativo. O arco de Vegeta é talvez a melhor parte da saga. Ele cresce como personagem, e seu sacrifício é um dos momentos mais emocionantes da série. Essa redenção de Vegeta serve como um fio condutor que ajuda a manter alguma coerência em um arco que, de outra forma, pareceria desequilibrado.
A mistura complicada de Akira Toriyama
No final das contas, a Saga Buu é como um grande experimento de Akira Toriyama. Ele jogou várias ideias na mistura, algumas funcionaram e outras não. E é essa mescla de acertos e erros que torna a saga intrigante, embora problemática.
Mesmo com seus problemas, ela ainda é celebrada pelos fãs e críticos, e é provável que continue sendo discutida e lembrada nos anos vindouros, exatamente por causa de sua natureza polarizadora.
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