Em 2018, o criador de Dragon Ball, Akira Toriyama, apontou um grande problema dos mangás modernos, pois eles não tem exclusividade e criatividade, mas apenas seguem tropos e fórmulas já prontas.
Toriyama começou a escrever e desenhar mangá em 1978, quando a indústria ainda estava cheia de mato, numa época em que não havia fórmula para o sucesso e os artistas tinham que trilhar caminhos desconhecidos onde expressavam sua paixão – e se alguém gostasse, beleza.
Embora Toriyama tenha elogiado a qualidade dos mangás modernos, ele critica a falta de exclusividade e criatividade ousada dos novos autores, pois os novos mangás devem se libertar dos limites e ser inventivos. Dito isso, Jujutsu Kaisen de Gege Akutami é tudo o que Toriyama queria.
Jujutsu Kaisen é o caos que o criador de Dragon Ball queria ver
Durante uma conversa com Inoue na edição do 50º aniversário da Shonen Jump, Toriyama disse: “Acho que tenho a sensação de que, embora a qualidade do trabalho de mangá em si esteja aumentando, a individualidade e o orgulho pelo trabalho estão diminuindo. Eu gostaria de encontrar um mangá que me fizesse pensar: ‘esse autor deve ser maluco!’“.
A abordagem selvagem de Akutami certamente agradaria Toriyama, pois ele é revolucionário ao introduzir ideias e conceitos que não se vê em outro mangá. Isso pode ser perigoso pois sai da fórmula que já funciona, e de fato as decisões de Akutami são bem polêmicas entre os fãs, confirmando isso, mas o próprio Akutami já disse que não se importa com a opinião dos outros e faz o que ele quiser.
Nesse sentido, Jujutsu Kaisen e seus desenvolvimentos, como a complicada volta de Gojo Satoru com o cérebro de Yuta ao invés de apenas ressuscitá-lo, garantem o lugar de Akutami como sucessor de Toriyama.
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Fonte: skullknight