Dragon Ball, universo criado por Akira Toriyama, é um verdadeiro caldeirão de emoções, aventuras e, claro, personagens que deixam qualquer fã de anime grudado na tela. Mas, como em toda boa história, nem todos os heróis e vilões recebem o final que merecem, certo?
E é justamente sobre isso que vamos falar: aqueles personagens de Dragon Ball que chegaram cheios de promessas, mas que, no fim das contas, acabaram meio que… esquecidos.
Vamos mergulhar nesse mundo de oportunidades perdidas e pensar no que poderia ter sido se esses personagens tivessem tido a chance de brilhar mais.
Quem não se lembra do Buu, aquele personagem rosa que passou de vilão temido a um dos aliados mais peculiares dos heróis? Com poderes incríveis e habilidades únicas, Good Buu tinha tudo para estar sempre na linha de frente da ação. Mas, o que aconteceu?
Ele acabou se tornando mais um amigo excêntrico de Mr. Satan do que um guerreiro. Em Dragon Ball Super, até nos deram um vislumbre de esperança com o Buu em forma física para o Torneio do Poder, mas, na hora H, ele falhou em um teste escrito e acabou perdendo sua chance de brilhar. E em Dragon Ball GT, sua existência é reduzida a um meio para um fim, quando se funde com Uub.
Ah, o Yajirobe… Muitos podem lembrar dele apenas como alívio cômico em Dragon Ball Z, mas ele foi introduzido como um espadachim habilidoso que, em seus primeiros dias, estava no mesmo nível que Goku. Morando na Torre Korin e sendo um provedor confiável de Feijão Senzu, Yajirobe teve seu momento de glória ao cortar a cauda de Vegeta na forma de Grande Macaco.
No entanto, sua habilidade com a espada e seu potencial como personagem foram, com o tempo, esquecidos. Imaginem só se ele tivesse se tornado mentor de Trunks na arte da espada? Uma oportunidade perdida, sem dúvida.
Imagina só a riqueza de uma trama que envolve dois mestres de artes marciais, antigos amigos, agora amargos rivais. Mestre Shen e Mestre Kame, representando as escolas Crane e Turtle, respectivamente, nos deram um vislumbre de como as rivalidades podem moldar histórias e personagens. Os confrontos entre seus alunos nos Torneios Mundiais de Artes Marciais trouxeram tensão e dinamismo para a trama.
A traição de Shen, ao ver seus alunos desertarem para o lado de Kame, adicionou uma camada de drama pessoal à sua história. No entanto, a decisão de deixar Shen e seu irmão, Mercenário Tao, morrerem fora da tela e serem esquecidos foi uma jogada surpreendente. A riqueza dessa rivalidade poderia ter sido explorada de maneiras inimagináveis em Dragon Ball Z e Super, mas, infelizmente, foi uma estrada não tomada.
Launch e suas transformações de personalidade representam um dos conceitos mais criativos de Dragon Ball. Sua capacidade de alternar entre uma persona doce e uma versão extremamente agressiva a cada espirro era tanto uma fonte de humor quanto um recurso narrativo interessante.
A revelação de Akira Toriyama de que ele simplesmente esqueceu Launch é quase tão surpreendente quanto as transformações dela. O desaparecimento de Launch do cenário de Dragon Ball é um lembrete trágico de como personagens femininas fortes e complexas são raras na série. Sua presença poderia ter enriquecido as histórias de formas que apenas podemos imaginar agora.
O final de Dragon Ball Z nos deu Uub, o reencarnado Kid Buu com um coração puro e um potencial imenso, treinado por ninguém menos que Goku. A expectativa era enorme: Uub estava destinado a se tornar o guerreiro mais forte da Terra. Mas então, Dragon Ball Super acontece, tecnicamente antes desse epílogo, e Uub é praticamente deixado de lado.
Seu breve momento no mangá contra Moro foi insuficiente para satisfazer as expectativas dos fãs. Dragon Ball GT tentou, mas não conseguiu capturar a grandiosidade esperada para Uub. É uma pena, considerando o que seu arco prometia.
A expansão do universo de Dragon Ball Super com a introdução de um multiverso trouxe consigo a emocionante possibilidade de explorar mais sobre os Saiyajins, especialmente com Kyabe, Cale e Caulifla do Universo 6.
A relação mentor-aluno entre Vegeta e Kyabe tinha um potencial enorme, repleta de promessas de crescimento, treinamento e, claro, a tão aguardada visita ao Planeta Sadala. Mas, assim como muitas promessas em Dragon Ball, essa também permaneceu sem cumprimento, deixando os fãs imaginando o que poderia ter sido se essa dinâmica tivesse sido explorada mais a fundo.
A transformação de Android 18 de vilã a aliada e, eventualmente, a membro da família Z é uma das viradas mais interessantes da série. Sua relação com Kuririn é tanto surpreendente quanto tocante, demonstrando a capacidade de redenção e mudança.
No entanto, é inegável que a introdução da vida doméstica colocou um freio em sua trajetória ascendente como lutadora. Apesar de seu poder e habilidade inegáveis, a série optou por relegá-la a um papel secundário, uma decisão que não faz justiça ao seu potencial como combatente. Ainda que tenha tido momentos de brilho, como no Torneio de Poder, fica a sensação de que poderia ter sido mais explorada como guerreira.
Paikuhan é um exemplo perfeito de um personagem com um enorme potencial desperdiçado. Sua introdução na série trouxe uma nova dimensão ao pós-vida de Goku e apresentou um rival digno com habilidades únicas. No entanto, sua natureza de personagem de preenchimento e a decisão de não incluí-lo em Dragon Ball Super relegaram Paikuhan ao esquecimento.
Muitos fãs esperavam vê-lo canonizado e reintegrado à narrativa principal, especialmente durante o Torneio de Poder, mas isso nunca se materializou. Paikuhan merecia mais, tanto em termos de desenvolvimento quanto de reconhecimento.
Goten, o segundo filho de Goku, é talvez um dos casos mais flagrantes de potencial não realizado. Sua precocidade e habilidades naturais prometiam uma trajetória de grandeza comparável, se não superior, à de seu irmão Gohan.
No entanto, a série optou por manter Goten e Trunks na categoria de alívio cômico, uma decisão que limitou seriamente seu desenvolvimento. A ausência de Goten do Torneio de Poder e a falta de crescimento significativo desde sua introdução são lamentáveis. Goten merecia uma oportunidade de mostrar sua força e evoluir além das travessuras infantis.
Tenshinhan é, sem dúvida, um dos guerreiros humanos mais poderosos da Terra, com uma história rica e uma habilidade de combate que o colocava, em tempos, no mesmo patamar de Goku. No entanto, a série não conseguiu acompanhar seu desenvolvimento, relegando-o a um papel cada vez mais periférico.
Apesar de suas participações esporádicas em momentos chave, como a luta contra Cell e no Torneio de Poder, Tenshinhan nunca recebeu o destaque ou o desenvolvimento que seu personagem merecia. A falta de uma atualização significativa ou de uma história que explorasse plenamente seu potencial é uma das maiores decepções para os fãs de longa data.
Leia também: O criador de Dragon Ball compartilha a razão pela qual Tenshinhan tem 3 olhos
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Última atualização: 09/02/2024 08:33
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