A esfera dos mangás e animes é preenchida com artistas excepcionais, detentores de incríveis habilidades, fervor e ideias visionárias capazes de dar vida às narrativas. Criar e desenhar um mangá de destaque exige dedicação intensa, mas os artistas mais renomados conseguem transferir seu fervor para o papel com resultados impressionantes.
Mesmo em um campo em que a arte é essencialmente subjetiva, há certos nomes na indústria do mangá que, para muitos fãs, destacam-se como os grandes mestres.
Eles se sobressaem porque seus desenhos possuem uma identidade única, evitando os estereótipos tradicionais dos animes e demonstrando habilidades de desenho superiores, com detalhes minuciosos e personagens expressivos. O prazer de apreciar um mangá se potencializa quando as ilustrações são complementadas por um enredo envolvente.
Kohei Horikoshi
Kohei Horikoshi é amplamente reconhecido por ser o cérebro de My Hero Academia, um mangá shonen aclamado que tem sido publicado desde 2015. Além disso, ele tem outras obras menos extensas em seu repertório, como Oumagadoki Zoo e Barrage.
Sua inspiração vem de artistas como Yuko Osada e de mangás e quadrinhos ocidentais icônicos, como Dragon Ball, One Piece, Naruto e até quadrinhos americanos. Seu estilo distintivo é marcado por detalhes meticulosos que capturam aspectos mais brutos, como ferimentos e vestuários deteriorados. Um exemplo icônico é a sequência “Dark Deku”, onde Izuku Midoriya, ou Deku, é apresentado com uma aparência selvagem.
Rumiko Takahashi
Rumiko Takahashi, com múltiplos sucessos em seu nome, é um pilar na indústria do mangá. Alguns de seus trabalhos mais notáveis incluem Urusei Yatsura, Ranma 1/2 e a aclamada série isekai, InuYasha.
Ela também tem contribuições mais curtas, como Mermaid Saga e Maison Ikkoku. Takahashi é celebrada por seus traços limpos e personagens com olhos marcantes, lembrando o legado de Osamu Tezuka. Suas ilustrações coloridas, particularmente as de InuYasha, são muito apreciadas pelos fãs.
Hirohiko Araki
Hirohiko Araki, além de ser uma figura icônica na web por diversos memes, é respeitado por sua inegável habilidade no mundo dos mangás. Inspirado por obras como Fist of the North Star e até mesmo pela arte clássica italiana, Araki é mais conhecido por JoJo’s Bizarre Adventure, em circulação desde 1987.
No início, sua arte tinha fortes semelhanças com Fist of the North Star, mas ao longo dos anos, Araki refinou sua abordagem, adotando estilos mais variados para seus personagens, incluindo formas mais delgadas e andróginas.
Tatsuki Fujimoto
Tatsuki Fujimoto é amplamente reconhecido por seu mangá de ação intensa e visceral chamado Fire Punch. No entanto, seu nome se tornou sinônimo de sucesso no mundo do mangá com a serialização de Chainsaw Man, considerado por muitos como sua obra-prima.
Fujimoto tem a habilidade notável de tecer imaginação e criatividade, principalmente em cenas gráficas que deixam os leitores de queixo caído. Seus personagens, por sua vez, são peculiares e genuínos, habitando um universo mangá que oscila entre o familiar e o surpreendentemente estranho. Sua arte shonen é admirável, mas são nas cenas de combate e terror que Fujimoto realmente se destaca, apresentando criações de tirar o fôlego.
Tite Kubo
Tite Kubo enfrentou desafios no início de sua carreira, especialmente quando a primeira edição de Bleach foi recusada. Contudo, um empurrão motivacional veio na forma de uma carta de Akira Toriyama, a mente por trás de Dragon Ball. Isso levou Kubo a refinar seu trabalho e, assim, Bleach nasceu.
Essa obra é considerada o auge da carreira de Kubo. Ao longo de 74 volumes, é possível testemunhar a evolução de seu estilo artístico. Kubo tem um talento único para mesclar fundos simplistas, closes dramáticos, excelente ritmo e um jogo de contrastes marcante. Adicionalmente, ele tem um fascínio por vestir seus personagens com roupas urbanas modernas, algo evidente nas sequências de crédito do anime de Bleach.
Tetsuo Hara
Tetsuo Hara, consagrado por ilustrar o mangá Fist of the North Star dos anos 80, escrito por Buronson, marcou uma revolução na cena do mangá. Desde a infância, Hara sabia que seu destino era ser um mangaká, sendo influenciado por ícones como Kamen Rider e Tiger Mask.
O trabalho de Hara em Fist of the North Star é atemporal, apresentando um mundo pós-apocalíptico reminiscente de Mad Max, onde senhores da guerra e mestres das artes marciais, como o protagonista Kenshiro, dominam o cenário. Sua arte, rica em detalhes e audácia, torna cada personagem vividamente expressivo, seja por meio de exageros ou nuances sutis.
Makoto Yukimura
Makoto Yukimura é responsável por diversos sucessos seinen, incluindo a aclamada série de ficção científica Planetes e a épica saga histórica Vinland Saga. Esta última narra a trajetória do anti-herói Thorfinn Karlsefni, que enfrenta dilemas profundos sobre vingança, perdão e propósito de vida.
Yukimura é mestre em detalhar seus desenhos, seja no universo sci-fi ou no contexto histórico. Seu diferencial está na clareza de sua arte e nas cenas de ação meticulosamente coreografadas em Vinland Saga, transmitindo um senso de movimento e harmonia impressionantes.
Kentaro Miura
Kentaro Miura, infelizmente falecido, é reconhecido como uma lenda no universo do mangá seinen, em grande parte graças ao seu aclamado mangá de fantasia obscura, Berserk. Desde 1989 e ao longo de sua trajetória, Miura dedicou-se intensamente à criação de Berserk, enfrentando rotinas de trabalho rigorosas para conceber uma das mais marcantes obras de fantasia no mundo dos mangás.
A arte singular de Miura é notável pela impressionante atenção aos detalhes e pela inventividade de seus designs, que abrangem desde personagens e monstros até paisagens, edificações e armamentos. Tal maestria artística permitiu aos admiradores de mangá imergirem profundamente em seu universo, repleto de caos, violência, terror e, ocasionalmente, tocantes narrativas românticas.
Takehiko Inoue
Embora Takehiko Inoue tivesse aspirações de ingressar em uma universidade de artes, sua trajetória tomou outro rumo. Ele optou por uma instituição diversa, mas, aos 20 anos, decidiu seguir sua paixão pelo mangá, mudando-se para Tóquio. Desde cedo, seus desenhos chamaram a atenção dos editores, o que impulsionou sua carreira de maneira significativa.
Slam Dunk, seu primeiro grande projeto, foi publicado entre 1990 e 1996, consolidando-se como uma emblemática série de basquete. Outro destaque em sua carreira é Real. No entanto, a partir de 1998, Inoue se dedicou à serialização de Vagabond, uma série seinen histórica. Esta obra exemplifica de forma impecável seu estilo artístico realista e meticuloso, que transporta os leitores para uma experiência imersiva em outro universo.
Junji Ito
Junji Ito é frequentemente aclamado como o mais renomado mangaká de terror do Japão, contando com uma legião de fãs. Seu talento manifestou-se precocemente, já que começou a desenhar aos 4 anos de idade. No final dos anos 1980, Ito começou a produzir algumas de suas histórias mais icônicas, como Tomie, entre outras narrativas marcantes.
Atualmente, Ito continua a presentear os fãs com mangás de terror inigualáveis. O que fascina em sua arte não são apenas os detalhes minuciosos e a atmosfera envolvente, mas também a originalidade com que aborda o terror. Suas criações não só assustam, mas também tecem comentários profundos sobre diversos aspectos da cultura e história japonesas.
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E para você, qual o melhor ou melhores artistas de mangá de todos os tempos?