Dragon Ball não é só lutas e superpoderes; o anime e mangá também mergulham fundo no conceito de vida após a morte, criando um universo complexo e intrigante chamado Outro Mundo. Esse lugar tem várias áreas, incluindo Céu, Inferno e outros locais bem peculiares.
A morte desempenha um papel crucial na trama, com praticamente todos os personagens principais tendo passado por ela, o que enriquece e dá mais camadas ao conceito do Outro Mundo. No entanto, conforme a história se expande, surgem algumas inconsistências e questões lógicas que deixam os fãs coçando a cabeça.
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10. Reencarnação e a máquina de limpeza de almas
Em Dragon Ball, a morte vem com uma reviravolta: é possível trazer alguém de volta com as Dragon Balls ou outros meios menos comuns. Dragon Ball Z traz a ideia da reencarnação, mas só quando ajuda a história.
Por exemplo, Goku deseja lutar novamente com Kid Buu e, graças a isso, Kid Buu reencarna como Uub, um garoto humano com a mesma força do vilão. Esse conceito só aparece em outro momento, no 12º filme de Dragon Ball Z, com a criação de Janemba, uma entidade maligna formada por um acidente com a máquina de limpeza de almas do Outro Mundo.
9. O Inferno cômico e seus anjos bobos
O Inferno em Dragon Ball muitas vezes aparece em episódios de preenchimento do anime, o que pode causar contradições com o mangá de Akira Toriyama. Em Dragon Ball Z: Resurrection ‘F’ e Dragon Ball Super, vemos Freeza sofrendo no Inferno, alvo das brincadeiras dos Anjos do Inferno, criaturas adoráveis que supostamente governam o lugar.
Embora essa ideia seja interessante, ela contradiz outras representações do Inferno na franquia, como o Inferno governado por ogros e a versão de Dragon Ball GT, onde Goku enfrenta torturas de uma senhora idosa, Hell Enma. Essas variações mostram uma falta de consistência na descrição do Inferno, apesar de ser sugerido que cada planeta tem sua própria versão deste lugar.
8. O Enigmático Reino Demoníaco
O Reino Demoníaco, introduzido desde o começo de Dragon Ball, é uma dimensão misteriosa que abriga seres puramente malignos, como demônios e o clã Majin. Diferente do Inferno e do Céu, ele não faz parte nem do Mundo Vivo nem do Outro Mundo, embora seus habitantes consigam se mover entre esses reinos com certa facilidade.
A existência de portais que ligam o Mundo Vivo ao Reino Demoníaco complica ainda mais o entendimento do universo de Dragon Ball, criando um emaranhado de reinos que desafiam as regras estabelecidas pela franquia.
7. O Forno das Oito Divisões e Seu Portal Terreno
Em um dos episódios de Dragon Ball, somos introduzidos ao Forno das Oito Divisões, um portal localizado no Monte Cinco Elementos que conecta o Mundo Vivo ao Outro Mundo. Esse local permite que Goku visite o Outro Mundo, encontre com Annin, sua governante, e até mesmo reencontre seu avô Gohan.
Apesar de ser uma ideia fascinante, a existência do Forno cria discrepâncias significativas nas regras de viagem entre os mundos estabelecidas pela série, especialmente por permitir um contato tão livre entre os vivos e os mortos.
6. A Confusão dos Kai
Dragon Ball cuidadosamente expandiu o rol de divindades e guardiões ao longo do tempo, desde Kami até os vários Kais e Supremos Kais. A introdução do Grande Kai, que supostamente governa sobre todos os Kais e o Outro Mundo, parece fazer sentido até que Dragon Ball Z e Super expandem ainda mais esse conceito com as figuras dos Supremos Kais, Deuses da Destruição, Anjos e o próprio Zenão, o Omni-Rei.
A presença do Grande Kai, especialmente sendo um personagem de preenchimento, adiciona uma camada desnecessária de complexidade e confusão à hierarquia celestial já detalhada.
5. A Relatividade do Tempo no Outro Mundo
A percepção do tempo no Outro Mundo é um conceito intrigante, com indicações de que ele passa de maneira muito mais lenta, quase eterna, em comparação com a Terra. No entanto, essa ideia parece ser flexível, às vezes até esquecida, conforme a série progride.
Um exemplo claro é a hibernação de 1.200 anos de Caterpy durante o Outro Torneio Mundial, um evento que, segundo as regras do Outro Mundo, deveria ser infinito, mas que é utilizado como uma tática de luta. Esse e outros momentos mostram como a série brinca com a noção de tempo, muitas vezes de maneiras que desafiam sua própria lógica interna.
4. O Céu Como “Punição” Para Demônios
A ideia de que o Rei Yemma manda Dabura, o Rei Demônio, para o Céu ao invés do Inferno, porque ele acharia o Inferno agradável, é uma daquelas viradas de mesa bem-humoradas de Dragon Ball Z. Dabura transforma-se numa alma boa no Céu, o que faz você pensar: por que não mandar todos os vilões para lá?
Claro, isso foi só aplicado a Dabura, deixando a entender que os outros malvados não receberiam o mesmo tratamento. Dragon Ball GT mexe mais um pouco com a ideia ao levar Piccolo para o Céu, só para ele decidir que prefere o Inferno para poder ajudar Goku de lá. Isso mostra que nem sempre o destino após a morte segue uma lógica simples.
3. Treinamento Pós-Morte e Fortalecimento
A morte em Dragon Ball Z parece mais um intervalo para power-ups do que um fim. Goku se beneficia imensamente ao morrer, já que isso lhe dá a chance de treinar com o Rei Kai, aprender o Ataque Kaio-Ken e a Genki Dama, técnicas inacessíveis aos vivos.
Essa perspectiva torna a morte, de certa forma, desejável, uma distorção interessante do conceito de punição. Apesar disso, é claro que nem todos os que morrem conseguem essas chances de ouro, mas fica a impressão de que o Outro Mundo é mais uma área de treinamento do que um lugar de repouso eterno.
2. Uso de Energia na Vida Após a Morte
Goku revela que, no Outro Mundo, as pessoas usam apenas metade da energia comparado aos vivos. Essa afirmação se baseia na facilidade com que ele alcança e mantém a transformação de Super Saiyan 3, algo que na Terra coloca uma enorme pressão sobre seu corpo. A série não dá muitos detalhes sobre o porquê dessa diferença, mas esse conceito abre espaço para explorações interessantes sobre as leis físicas do Outro Mundo.
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1. A Exclusividade do Corpo Físico no Além
Dragon Ball inicialmente estabelece que só alguns “especiais”, geralmente heróis, podem manter seus corpos após a morte. Isso se torna um ponto de enredo significativo, como quando Vegeta morre e percebe que manteve seu corpo, indicando sua redenção.
No entanto, essa regra parece flexível, já que muitos vilões também aparecem com seus corpos no Outro Mundo. Isso talvez seja uma conveniência narrativa, para manter os personagens identificáveis, mas cria inconsistências com as regras anteriormente estabelecidas sobre quem merece manter sua forma física após a morte.
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