“Monster”, seja como mangá original de Naoki Urasawa ou como uma adaptação para anime do Studio Madhouse, é uma obra aclamada pela crítica e apreciada por sua trama psicológica profunda e temas filosóficos instigantes. Como a narrativa é complexa, até mesmo o final de Monster requer um aprofundamento. Este artigo destina-se a explorar os aspectos mais sutis do encerramento da série, frequentemente negligenciados.
Por causa de sua natureza complexa, o final da série gerou muita controvérsia entre os fãs. Para compreender os significados ocultos desta história, é crucial adotar uma perspectiva mais abrangente e refletir sobre os elementos chave do desfecho.
Em primeiro lugar, Dr. Rudy Gillen, um personagem que à primeira vista pode parecer secundário, tem um papel significativo no final de Monster. Embora muitos possam vê-lo como um mero companheiro para Nina, a sua função na narrativa é, na verdade, muito mais profunda, principalmente para explicar a situação à polícia que surge após o tiro em Johan.
Herbert Knaup, um personagem que poderia passar despercebido, se destaca no final da série ao atirar no vilão Johan. Além disso, este choque para o público foi astuciosamente preparado através de pequenos prenúncios sobre a capacidade de tiro de Knaup ao longo da história.
Mesmo não estando presente em Ruhenheim, Eva Heinemann desempenha um papel importante. A evolução de seu personagem, refletida em sua nova ocupação como coordenadora de interiores, certamente simboliza uma melhora na sua comunicação com os outros, evidenciando uma transição de uma postura egocêntrica.
O vilão Roberto, figura central no desfecho de Monster, mantém um enigma não diretamente respondido na trama. Além disso, a única memória que possui, de uma ocasião em que Johan lhe ofereceu um chocolate quente, é uma âncora que o impede de mergulhar totalmente no niilismo, contrastando com a vacuidade de Johan.
A postura provocativa de Johan, apontando para a própria cabeça, carrega um significado profundo. Como niilista, Johan percebe a vida como sem sentido, justificando a morte de muitos e colocando a própria vida em perigo. Além disso, sua mudança de comportamento após o perdão de Nina revela uma perspicaz manipulação dos acontecimentos.
A morte do querido personagem Wolfgang Grimmer teve um propósito simbólico: redimir Franz Bonaparta. Este acontecimento trouxe à tona a humanidade de Bonaparta, instigando nele um sentimento de arrependimento e busca por expiação.
A cena onde Tenma opera Johan, como fez no início da história, ilustra um storytelling circular, ligando o início ao fim da trama. Este ato reafirma a dedicação de Tenma à vida, ressaltando sua resistência à transformação maléfica desejada por Johan.
O desfecho de Monster deixa um enigma: Afinal, Johan sobreviveu? A cena de Tenma confrontando Johan no hospital instiga diversas interpretações, inclusive a possibilidade de alucinação por parte de Tenma. Assim, o destino de Johan permanece um mistério intrigante, que poderia ter sido determinado ou não por Tenma.
Por fim, por meio de uma lente mais detalhista, é possível descobrir os detalhes minuciosos que permeiam o final de Monster. Cada elemento da trama certamente contribui para a complexidade da história, tornando cada aspecto, mesmo os mais sutis, indispensáveis para o entendimento completo do final desta obra-prima da narrativa.
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