Desde sua estreia, o anime Sakamoto Days tem sido alvo de debates intensos sobre a qualidade de sua animação. Comparações entre cenas do anime e painéis detalhados do mangá viralizaram nas redes, com fãs apontando simplificações visuais que, segundo eles, reduzem o impacto da narrativa. Um exemplo emblemático é uma cena de ação do episódio mais recente, criticada por substituir detalhes complexos do mangá por traços minimalistas.
A TMS Entertainment, estúdio responsável pela adaptação, optou por priorizar cenas do dia a dia dos personagens em vez de investir em sequências de luta elaboradas. Essa escolha dividiu o público: enquanto alguns defendem que o tom descontraído combina com o humor da obra, outros argumentam que a falta de dinamismo nas cenas de combate desvaloriza a essência do mangá. Para críticos, a animação “econômica” em momentos-chave revela uma desconexão com a intensidade visual original.
Detalhes técnicos e a crítica à falta de realismo
Além da estética, fãs especialistas em armas apontam erros técnicos nas cenas de ação. Um exemplo é a representação do uso de rifles de precisão: no mangá, a mira é retratada de forma estilizada, mas no anime, a ausência de nuances realistas (como a distância adequada para o uso de telescópios) gera desconforto. Comentários como “Ninguém mira um rifle a essa distância usando a mira” destacam a frustração de quem esperava fidelidade técnica.
Sakamoto Days foi promovido como “o melhor anime do inverno de 2025”, mas comparações com obras como Kimetsu no Yaiba e Jujutsu Kaisen intensificam as críticas. Usuários lembram que o sucesso explosivo desses títulos veio da combinação entre narrativa e animação impecável, algo que Sakamoto Days ainda não alcançou. Frases como “Se Kimetsu tivesse essa animação, não teria bombado” resumem a decepção.
O mangá de Yuto Suzuki é elogiado por seus desenhos detalhados e composições cinematográficas, mas essa riqueza visual torna-se um desafio na adaptação. Fãs destacam que cenas de ação no mangá dependem de traços estáticos com linhas de movimento sugeridas, técnica difícil de traduzir em animação fluida. Comentários como “O anime parece desenhos estáticos com linhas de velocidade jogadas” refletem a dificuldade em capturar a energia do original.
A TMS Entertainment, que também produz Dr. Stone e Ao no Hako, enfrenta suspeitas de sobrecarga de trabalho. Especula-se que a divisão de recursos entre múltiplos projetos tenha impactado a qualidade de Sakamoto Days. Um usuário ironizou: “Era óbvio que pelo menos uma produção sairia prejudicada”, enquanto outros questionam se a escolha do estúdio foi adequada para uma obra tão dependente de sua identidade visual.
O debate final: arte versus narrativa
Críticos argumentam que Sakamoto Days depende excessivamente de sua arte para compensar uma história considerada genérica. Frases como “Se tirar o desenho, não sobra nada” sugerem que, sem a animação de alto nível, a adaptação revela fragilidades narrativas. Por outro lado, defensores destacam que o charme da série está no equilíbrio entre humor e ação, mesmo que a produção não atinja o esplendor do mangá. Enquanto isso, o anime segue como um dos temas mais debatidos da temporada — prova de que, love it or hate it, Sakamoto Days não passa despercebido.
Fonte: Discussões coletadas de comunidades de fãs e redes sociais.
