Saiba por que Fullmetal Alchemist: Brotherhood é melhor que o original

Não dá para negar: Fullmetal Alchemist é uma daquelas pérolas do universo anime que deixam sua marca por gerações. Sua trama envolvente, elenco de personagens inesquecíveis, um universo peculiar, e um sistema de magia — ou melhor, alquimia — que se grava na memória dos espectadores, definiram um padrão de qualidade raramente atingido. O impacto foi tão profundo que até hoje novos fãs são agregados à sua já vasta legião de seguidores.

E então, temos duas faces da mesma moeda: o Fullmetal Alchemist original, nascido em 2003 ainda sob as asas do mangá em andamento, que acabou se aventurando por caminhos narrativos próprios. Não posso deixar de pensar que, embora tenha seus méritos, ele trouxe uma pitada de descontentamento entre os mais puristas. Por outro lado, “Fullmetal Alchemist: Brotherhood“, a versão de 2009, veio como um prato cheio para os fãs da obra escrita, equilibrando fidelidade e originalidade com uma maestria ímpar.

A Verdadeira Essência do Mangá em Brotherhood

Reprodução: Fullmetal Alchemist: Brotherhood/Crunchyroll

“Brotherhood” trouxe a história como deveria ser contada, sem desvios e atalhos. A fidelidade à obra original não é apenas uma questão de capricho — é uma questão de respeito ao material fonte que tantos adoram. Essa lealdade ao mangá reverbera em cada arco de personagem e cada contorno desse mundo vasto, fazendo jus à visão de sua criadora.

Não é o cerne da questão, mas o tom de “Brotherhood” é, sem dúvida, um fator decisivo para muitos. Se o Fullmetal Alchemist original mergulhou em águas mais obscuras, “Brotherhood” manteve-se fiel à atmosfera mais leve e aventuresca da obra no papel. Isso, porém, não significa uma fuga dos temas maduros, mas sim uma abordagem que equilibra o grave e o lúdico com habilidade rara.

Ritmo: A Velocidade com que se Conta uma História

O ritmo lento do anime original é uma questão controversa. Por um lado, há quem aprecie a profundidade e o tempo concedido para explorar os detalhes da jornada dos irmãos Elric. Por outro, “Brotherhood” acelera o passo e consegue ser conciso sem ser superficial, uma proeza que poucos narradores conseguem realizar com tanta eficácia.

Quanto à consistência dos personagens, “Brotherhood” leva vantagem. Onde o Fullmetal Alchemist original por vezes tropeça na própria narrativa, causando estranhamento e descontinuidade no desenvolvimento de seus heróis, “Brotherhood” apresenta uma evolução crível e satisfatória de cada um de seus personagens, especialmente dos protagonistas Ed e Al.

Desfechos e Decisões: A Última Impressão

No que diz respeito ao desfecho, as adaptações seguem caminhos distintos, com o original optando por um final abrupto e aberto a interpretações, enquanto “Brotherhood” proporciona uma conclusão mais circular e emotiva. Na busca por fechar a narrativa com o mesmo tom poético que a permeia, “Brotherhood” oferece um final que ressoa mais intimamente com a jornada dos irmãos.

Conclusão: Duas Faces, Uma Moeda

“Brotherhood” pode ser a escolha da maioria, mas o original não deve ser ignorado. Cada um, a sua maneira, entrega uma narrativa rica em um universo compartilhado, mas com histórias distintas e tons diferentes. São duas experiências únicas, e ambas merecem ser celebradas por qualquer verdadeiro entusiasta do anime.

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