No desfecho de “Attack on Titan“, somos apresentados a um menino misterioso e seu cachorro adentrando a árvore no cemitério de Eren, uma cena que, em minha opinião, é carregada de simbolismo e mistério.
A identidade do menino permanece um enigma, e isso, por si só, é um artifício narrativo intrigante. Ele pode ser um descendente dos personagens conhecidos, com Mikasa sendo a suspeita mais óbvia, especialmente considerando as pistas visuais, como o lenço vermelho.
O anime nos mostra uma Mikasa envelhecida, que mantém a tradição de visitar o túmulo de Eren, até sua própria morte. Seu sepultamento ao lado de Eren e a visita subsequente de Armin são momentos que refletem a profundidade e a permanência dos laços formados ao longo da série. Acredito que essas cenas são um tributo à força das relações humanas, mesmo frente à inevitabilidade da morte.
Com o tempo, a terra de Paradis se transforma, simbolizando, ao meu ver, a natureza cíclica e destrutiva da guerra. A árvore que cresce imensamente é um marcador visual poderoso, talvez indicando a persistência ou o renascimento do poder dos Titãs, uma teoria reforçada pelo crescimento extraordinário da árvore.
A história de Ymir Fritz e a transformação das paisagens de Paradis parecem sugerir um retorno ao passado, um ciclo que se repete. Isso me leva a pensar sobre as consequências duradouras das ações de Eren e como, apesar de seus esforços extremos, a guerra e o conflito continuam, um tema recorrente e poderoso em “Attack on Titan”.
Finalmente, a cena do menino e seu cachorro entrando na árvore sugere um novo começo, talvez um renascimento dos poderes do Titã Fundador. Essa cena pode simbolizar o início de outro ciclo trágico de poder e guerra, destacando a mensagem subjacente da série sobre a natureza recorrente do conflito e do poder.
Em resumo, o final de “Attack on Titan” deixa mais perguntas do que respostas, servindo como um espelho para a natureza cíclica da história e da humanidade. A ambiguidade em torno do menino e as mudanças em Paradis destacam a complexidade e a profundidade dessa narrativa icônica, que permanece aberta a interpretações e reflexões.
- Leia também: Crítica do último episódio de Attack on Titan
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