Se eu pudesse apontar um momento que virou o jogo em Dragon Ball Super, com certeza seria a primeira batalha entre Goku e Jiren no Torneio de Poder.
A introdução do Ultra Instinto Autônomo (também conhecido como Autonomous Ultra Instinct) não foi apenas uma revelação, mas uma autêntica sacudida no universo de Dragon Ball.
Goku, que já era uma espécie de prodígio das artes marciais, de repente se torna algo mais – algo divino. Não é apenas mais uma forma; é uma quebra de paradigmas, algo que vai além das transformações Super Saiyan que conhecíamos até então.
O que realmente significa o Ultra Instinto?
Para entendermos melhor, esse estado de ser é quase uma filosofia de luta transformada em poder. A ideia por trás do Ultra Instinto Autônomo é simples: uma forma de combate que permite uma reação instantânea a qualquer ameaça, quase instintiva, sem necessidade de pensar. Os anjos nesse universo vivem nesse estado o tempo todo. No entanto, para os mortais, alcançar essa condição não é nada fácil.
Para os Saiyajins, como Goku, o caminho para o Ultra Instinto começa com o que é conhecido como “Ultra Instinct Sign”, uma espécie de pré-estágio para o real deal. No entanto, para dominar essa técnica, um morto precisa ter um controle emocional rígido, quase como entrar em um estado de zen em meio ao caos de uma batalha.
As limitações mortais
E aqui entramos em um dos aspectos mais fascinantes e ao mesmo tempo frustrantes do Ultra Instinto: as limitações físicas impostas aos mortais. O estado requer uma quantidade exorbitante de ki divino, e como os mortais não são feitos para manusear tal poder por um longo período, o corpo de Goku, por exemplo, se esgota rapidamente.
O que é particularmente intrigante aqui é como Dragon Ball Super usa essas limitações para criar momentos emocionais. Imagine Goku, no auge de seu poder, derrotando Jiren, apenas para ter seu corpo literalmente desmoronar antes de ele poder finalizar a batalha. Isso nos leva a entender que o Ultra Instinto não é uma carta coringa; é uma arma de dois gumes.
Consequências de brincar de ser deus
O maior erro que alguém pode cometer ao usar o Ultra Instinto é esquecer que esse poder não foi feito para mortais. Mesmo os Deuses da Destruição têm problemas para dominá-lo. Utilizar essa forma divina tem um impacto extremo no corpo mortal.
No confronto final entre Goku e Jiren, vimos uma das cenas mais angustiantes quando o corpo de Goku cede, enfraquecido e praticamente inútil. Em cenários mais extremos, poderia até levar à morte. É quase como uma chamada à realidade, um lembrete de que mesmo com poderes que rivalizam com os deuses, os mortais têm suas limitações.
Reflexão Final
Em resumo, o Ultra Instinto é uma das adições mais complexas e emocionantes ao universo de Dragon Ball. Ele oferece uma nova dimensão ao que os personagens podem alcançar, mas também serve como um lembrete cruel de suas limitações. Isso estabelece uma espécie de balanço narrativo, onde o alcance do poder absoluto vem com riscos igualmente graves. O Ultra Instinto é, em muitos aspectos, a representação perfeita do eterno dilema de Dragon Ball: o alcance incessante por poder e as responsabilidades e consequências que vêm com ele.
Dragon Ball Super está disponível para transmissão no Crunchyroll. E você, o que acha da complexidade do Ultra Instinto? Vale a pena o risco?
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