No universo do anime, há uma enorme variedade de séries, desde as mais leves até aquelas que desafiam os limites da censura. A Shonen Jump, em geral, tem conseguido evitar conflitos com censura em suas séries, e isso é especialmente verdade para as adaptações de anime. Mas, durante o auge de Naruto, a série enfrentou sérias ameaças de censura.
Michikyuki Honma, que hoje é presidente do Studio Pierrot, falou sobre isso em uma conversa com o site Natalie. Na época, ele fazia parte da equipe de Naruto e percebeu o quão popular a série era mundialmente, o que tornava o tema da censura delicado.
Honma comentou que é complicado produzir um anime pensando em sua popularidade internacional ou sua longevidade porque isso pode tornar o produto final chato. Por exemplo, pode surgir a necessidade de cortar cenas de personagens fumando ou reduzir a violência e conteúdos sensuais para que o anime possa ser exibido em outros países. Mas impor tais restrições pode afastar o público internacional.
Ele acredita que os sucessos no Japão também tendem a ser bem recebidos no exterior, e que o importante é não errar na abordagem de produção. Naruto, que lidou com temas como tabagismo, crianças soldados e insinuações sexuais, enfrentou censura em alguns mercados, mas a Pierrot decidiu manter-se fiel ao mangá original. Isso ajudou a série a conquistar uma ampla base de fãs, tanto jovens quanto adultos, consolidando-se como uma das maiores franquias da história do anime.
Naruto está disponível em plataformas como Crunchyroll e Netflix, e o mangá de Masashi Kishimoto pode ser lido no aplicativo Shonen Jump. A série também continua viva até hoje com suas sequências, Boruto e Boruto: Two Blue Vortex.