Quase 40 anos se passaram desde que Dragon Ball surgiu no mundo dos animes e mangás, estabelecendo-se como um fenômeno cultural inegável. O que começou com a saga original expandiu-se para incluir uma vasta quantidade de arcos narrativos que atravessaram diferentes mídias.
Com o passar dos anos, Dragon Ball não apenas prosperou através das criações de Akira Toriyama, mas também floresceu sob a direção de outros artistas, que contribuíram com filmes e novos enredos, ampliando o já rico cânone da série.
Dentro do cânone oficial de Dragon Ball, mais de uma dúzia de arcos se destacam, cada um com seus méritos e idiossincrasias. A preferência por determinados arcos é subjetiva, com fãs debatendo fervorosamente sobre os melhores e os piores.
Enquanto alguns argumentam a partir da perspectiva do desenvolvimento do personagem e da qualidade das lutas, outros baseiam-se no valor puro de entretenimento que cada saga oferece. Existe uma espécie de hierarquia não oficial entre esses arcos, com alguns alcançando aclamação universal, apesar das divergências inevitáveis entre os fãs.
Nem todos os contos do universo Dragon Ball são considerados parte do cânone central. Trabalhos como Dragon Ball GT e os filmes originais, apesar de sua popularidade, permanecem fora desta lista central. Isso também inclui narrativas isoladas, como “Dragon Ball Minus” e “The History of Trunks”, que, embora ricas em conteúdo e amadas por muitos, não se enquadram no cânone estrito que será discutido aqui.
A saga de King Piccolo, uma das primeiras da série, é notável por seu tom mais sombrio e por ter testado Goku de maneiras que os fãs nunca tinham visto. A narrativa desta saga apresentou um vilão ameaçador e memorável em King Piccolo, apesar de uma certa falta de profundidade em sua história. A ação neste arco prenunciou a evolução do combate na série e permanece como um ponto alto na era inicial de Dragon Ball.
O arco de Granolah, presente no mangá, introduziu uma dinâmica diferenciada, com foco no desenvolvimento pessoal de personagens como Goku, Vegeta e Granolah. Esta saga trouxe um novo sabor à série, apesar de ter impactado o ritmo das lutas, que acabaram por ser ofuscadas pelo desenvolvimento dos personagens. Com um clímax envolvendo a aparição de Frieza Black, este arco conseguiu estabelecer as bases para futuros desenvolvimentos emocionantes na franquia.
A Saga de Buu, que serviu como o final original para Dragon Ball Z, é um tema de debates calorosos entre os fãs. Vegeta teve uma conclusão arrebatadora para sua trajetória de personagem, e Majin Buu apresentou-se como um vilão que misturava comédia e ameaça de maneira única. No entanto, a saga também sofreu com uma narrativa inconsistente e a decisão controversa de fazer Goku retornar ao papel de herói, apesar da expectativa anterior de que Gohan assumiria esse papel.
“A Batalha dos Deuses” inaugurou o capítulo de Dragon Ball Super, trazendo consigo muitos elementos louváveis. A introdução de Beerus e a luta épica contra Goku definiram o tom para a nova saga, destacando o caminho que Goku ainda tinha a percorrer. A animação desta saga foi particularmente notável, e a transformação em Deus Super Saiyan, apesar de um início tímido, contribuiu significativamente para o desenvolvimento da série.
A Saga de Sobrevivência do Universo, conhecida como o Torneio do Poder, marcou o clímax do anime Dragon Ball Super. Com uma premissa simples, mas estendida demais, essa saga ocasionalmente se arrastava, apesar de dar a muitos personagens momentos para brilhar, especialmente Freeza. A arte e a animação mantiveram-se em alto nível, com o Ultra Instinct sendo um destaque visual. Este arco capturou essencialmente o espírito de Dragon Ball, encerrando a série em grande estilo.
A “Saga do Prisioneiro da Patrulha Galáctica” é reconhecida como a primeira trama original de “Dragon Ball Super” no mangá, destacando-se por sua qualidade exemplar. Moro surge como um vilão excepcional para Goku e Vegeta, e apesar de seu desenvolvimento por vezes cair em clichês familiares, as batalhas em sua volta são espetaculares.
Importante notar é o arco de Vegeta, que busca redimir seu passado — um acréscimo substancial à sua narrativa em anos. A amizade entre Goku e Merus também adiciona camadas a estes dois personagens, oferecendo um refresco bem-vindo na franquia. No cômputo geral, a saga se estabelece firmemente entre as melhores, mesmo levando em conta alguns deslizes.
A conhecida “Saga Broly”, ou “Dragon Ball Super: Broly”, é aclamada como uma das narrativas mais vibrantes da série, apesar de certa simplicidade no enredo. É uma história de pouco diálogo, quase uma luta ininterrupta, porém, a excelência na animação supre qualquer demanda por um roteiro mais aprofundado.
Broly recebe um desenvolvimento de personagem significativo que o distingue do original, cativando a audiência. A saga funciona eficazmente para incorporar dois ícones amados pelos fãs, Broly e Gogeta, ao cânone da série, capturando a essência de “Dragon Ball” ao satisfazer os desejos do seu público.
A “Saga do Super Herói”, apresentada primeiro no filme “Dragon Ball Super: Super Hero” e depois adaptada para o mangá, contrasta fortemente com a Saga Broly, focando mais em história e desenvolvimento de personagem do que em ação pura. Os novos e velhos personagens ganham profundidade, especialmente Piccolo, que assume um papel central.
A utilização de CGI nesta saga possibilitou a criação de algumas das lutas mais criativas até hoje na série, proporcionando um conteúdo único que ressalta a capacidade de inovação de “Dragon Ball”.
A “Saga Android” é uma das mais emblemáticas e bem-sucedidas da série, com os Androides e Cell entre os antagonistas mais notáveis. A coreografia e o escopo das batalhas são notoriamente bem executados.
Esta saga se destaca pelo modo como subverte expectativas em torno de Goku e eleva o arco de Gohan a um desfecho dramático e poderoso, apesar das críticas sobre o tratamento subsequente do personagem.
A “Saga Namek” é venerada como a mais excepcional de “Dragon Ball”, ampliando a tensão estabelecida na Saga Saiyan com riscos mais elevados e vilões mais ameaçadores, principalmente Freeza. A batalha de Goku contra Freeza e a sua transformação em Super Saiyan são pontos altos inesquecíveis na história de “Dragon Ball Z”.
A Saga Namek continua a ser lembrada como um marco na série, mesmo após décadas, reforçando seu lugar de honra na memória dos fãs.
“Dragon Ball” pode parecer simples à primeira vista, mas abriga uma diversidade surpreendente em seus arcos narrativos, mesclando gêneros e temas sem cair em repetições. A qualidade de “Dragon Ball” pode ser medida mais pela sua execução do que pela complexidade de suas histórias, com alguns arcos destacando-se mais que outros.
Aí estão os 10 melhores arcos de Dragon Ball, ranqueados do pior para o melhor. Dragon Ball está disponível completo na Crunchyroll.
Última atualização: 03/11/2023 16:05
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