One Punch Man | As 10 peças mais importantes

One Punch Man” não é apenas mais um anime no mar de shonens que invadem as prateleiras das lojas de mangá e as listas de streaming. Sua abordagem subversiva ao gênero super-herói faz dele um destaque memorável, tanto que se tornou um dos mangás mais vendidos que se tem conhecimento.

Mas, o que realmente cativa é a figura de Saitama – um herói tão poderoso que o tédio se torna seu maior inimigo. É esse ângulo inesperado que subverte a narrativa convencional de superação e crescimento pessoal, e nos faz refletir: o que acontece quando o ápice é seu ponto de partida?

One Punch Man começou como um webcomic

Reprodução: One Punch Man/ONE

A jornada do “One Punch Man” é digna de um conto de herói por si só, começando na obscuridade de um webcomic criado por um misterioso autor, conhecido apenas como One.

O crescimento orgânico dessa narrativa reflete a trajetória de Saitama – de algo simples a um fenômeno que não pode ser ignorado. E quem diria que o nome do autor e do protagonista compartilharia tal simbiose, ambos emergindo do anonimato para um sucesso estrondoso.

Yusuke Murata começou a adaptar One Punch Man enquanto estava doente

O que se segue na história de “One Punch Man” é quase tão dramático quanto as batalhas de Saitama. A chegada de Yusuke Murata, lutando contra uma doença grave, e sua decisão de adaptar o webcomic para um mangá é uma narrativa de perseverança que ressoa com a essência do gênero shonen.

A devoção de Murata ao manter a alma da obra original de One, apesar dos desafios pessoais, é tão impressionante quanto as lutas que ele desenha nas páginas de “One Punch Man”.

A equipe de animação de One Punch Man foi pelos autores

Reprodução: One Punch Man/Crunchyroll

Quando a adaptação para anime entrou em discussão, ONE e Murata não estavam dispostos a confiar sua criação a mãos alheias. A escolha criteriosa da equipe de animação é uma declaração de amor e respeito ao material original. Isso é raro no mundo do anime, onde muitas vezes as adaptações divergem significativamente de suas fontes. Mas em “One Punch Man”, a integridade é mantida, e isso é palpável em cada episódio que transmite a visão original dos criadores.

One Punch Man começa onde a maioria das séries Shonen termina

A verdadeira singularidade de “One Punch Man” está em como ele inverte as expectativas do arquétipo shonen. Enquanto a maioria das histórias é sobre o crescimento e a luta para se tornar o mais forte, “One Punch Man” nos apresenta a um Saitama já no auge de seus poderes, procurando sentido além da força. Essa inversão não só é refrescante mas nos faz questionar a própria jornada do herói – o que resta após conquistar o impossível?

One Punch Man começa 25 anos após o nascimento de Saitama

Reprodução: One Punch Man/Crunchyroll

“One Punch Man” não é simplesmente mais uma narrativa de super-heróis; é uma subversão do gênero. A jornada de Saitama começa de maneira inesperada e um tanto melancólica. Desde o berço, Saitama é o emblema da vulnerabilidade, crescendo isolado e absorvido por um mundo fictício de heróis e façanhas.

A sua infância, marcada pelo bullying e pela fragilidade, poderia ter sido o calabouço de seu espírito, mas ao invés disso, é o terreno fértil de onde brota a sua determinação. Aos 22 anos, um encontro fatídico com um vilão e a necessidade de proteger um inocente desencadeiam o seu percurso heróico. Esse é o quão insólita e humanamente impressionante é a sua gênese.

Saitama é um herói que não quer ser

A ironia do poder de Saitama é o cerne da narrativa de “One Punch Man“. Ele é um herói em uma jornada para encontrar significado em sua força descomunal. Cansado da facilidade com que derrota adversários, sua luta é interna e filosófica.

O enredo brilha aqui, pois pega uma fórmula saturada de ‘Mary Sues’ e a reinventa. Saitama não busca ser o herói mais poderoso; ele simplesmente se encontra nesse papel e, francamente, está um pouco entediado com isso. Sua relutância é o que cativa e mantém os espectadores presos à tela.

Saitama fica dominado por fazer uma rotina diária de exercícios

Reprodução: One Punch Man

A premissa de que um regime de exercícios mundanos poderia resultar em habilidades sobre-humanas é tanto ridícula quanto revigorante.

Saitama desafia o arquétipo de super-herói shonen que ascende à grandeza através de treinamentos exóticos ou bençãos místicas. Ele é um lembrete satírico de que, às vezes, a simplicidade e a consistência podem ser as verdadeiras forças motrizes para alcançar o impensável.

O discípulo de Saitama, Genos, tornou-se um ciborgue para se vingar

Genos, o ciborgue com uma trajetória trágica, serve como um fascinante contraponto a Saitama. Enquanto Saitama tropeça em seu poder, Genos é impulsionado por uma vingança ardente e uma admiração quase obsessiva por seu mestre.

Ele é o reflexo de um fervor de super-herói mais tradicional, e sua presença destila uma complexidade adicional à dinâmica do show.

A Associação de Heróis mantém o público protegido do mal

A introdução da Associação de Heróis é um componente crucial do universo de “One Punch Man”. A existência da organização oferece estrutura ao caos, delineando uma hierarquia que, ironicamente, subestima o protagonista.

Saitama, apesar de sua força incomparável, é vitimado pelo sistema, um comentário mordaz sobre as falhas e preconceitos das instituições.

A Comédia do Extraordinário

Reprodução: One Punch Man/Crunchyroll

O verdadeiro golpe de mestre de “One Punch Man” é a sua habilidade em equilibrar o magnífico com o mundano. O programa brinca com a noção de que até mesmo o mais poderoso dos heróis pode ser abatido por trivialidades da vida cotidiana, como uma mosca persistente.

Essa dualidade oferece uma comédia refrescante e profundamente humana que ressoa com qualquer um que já sentiu a monotonia da rotina, independentemente da sua grandeza em outras esferas da vida. É essa mistura que faz de “One Punch Man” um estudo de personagem fascinante, e não apenas mais uma série de lutas épicas.

Siga-nos no Google News para receber as últimas notícias de anime!

Sair da versão mobile