Uma nova adaptação pode ajudar a dissipar o problema da extensão da série e despertar um novo interesse no mangá de Oda.
Então, você já ouviu falar sobre o remake de One Piece que o WIT Studio está planejando, certo? Para quem acompanha One Piece, de Eiichiro Oda, sabe bem que a longevidade do anime é praticamente uma medalha de honra, mostrando o quanto a história é épica e bem construída. Mas para quem está pensando em começar, essa mesma longevidade pode parecer mais uma barreira gigantesca. São mais de 1100 capítulos no mangá e quase essa quantidade em episódios de anime. Porém, o WIT Studio parece ter um plano para dar um jeito nisso com seu remake chamado The One Piece.
Quando a notícia surgiu na Jump Festa 2024, todo mundo ficou cheio de perguntas. Afinal, o anime original já está no ar há mais de duas décadas. Tem muita curiosidade rolando sobre como vai ser o estilo de arte, a música, os dubladores, se vai ser fiel ao mangá, e claro, como a Netflix vai influenciar tudo isso. Mas a grande questão mesmo é sobre o ritmo e a duração do anime. A adaptação original da Toei Animation, apesar de amada, sempre teve suas críticas nesses pontos.
No começo, tudo ia bem. O anime começou dois anos depois do mangá, em 1999, e tinha um ritmo até que razoável. Com 61 episódios cobrindo os primeiros 100 capítulos, a coisa fluía. Mesmo a Saga Alabasta, que veio depois, manteve um bom ritmo, apesar de alguns fillers pelo caminho. Mas daí em diante, especialmente após o salto temporal na história, o ritmo começou a cair. Capítulos inteiros sendo esticados em episódios, fillers, recaps longos, animação repetitiva… A coisa foi ficando lenta. Mas e agora, com o WIT Studio no comando?
O grande dilema da Toei Animation sempre foi manter o anime perto do mangá sem ultrapassá-lo, o que acabou afetando o ritmo. Agora, com o WIT Studio pegando o bastão, a esperança é que consigam manter um ritmo mais envolvente. Uma possibilidade é que adotem um lançamento sazonal, o que poderia esticar a adaptação por mais de 10-15 anos, mas sem a pressão de estar colado ao mangá. Isso poderia manter o remake relevante e interessante por um bom tempo, mesmo que o mangá e o anime original estejam se aproximando do fim.
Se o WIT Studio conseguir manter um ritmo de 1,5 a 2 capítulos por episódio, como no começo do anime original, isso já seria uma grande melhoria. Isso poderia condensar a série em torno de 600-640 episódios, uma redução significativa comparada à quantidade atual. Claro, adaptar One Piece não é tarefa fácil, com cada página do mangá cheia de detalhes, diálogos e ação. Isso sem falar nas lutas, que, se forem expandidas, podem aumentar a duração, mas também a qualidade e a imersão na história.
Enfim, o WIT Studio e a Netflix têm um desafio e tanto pela frente. Mas se olharmos para remakes bem-sucedidos como Fullmetal Alchemist: Brotherhood e Hellsing Ultimate, há muito potencial para que The One Piece se torne algo memorável. Só o tempo dirá se conseguem capturar a magia do original e, ao mesmo tempo, tornar a história acessível para novos fãs sem perder o ritmo.
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