É quase inacreditável pensar que animes gigantescos como Naruto e Bleach estiveram à beira do cancelamento. Esses dois títulos são pilares do gênero shonen e continuam populares até hoje. A produtora por trás deles, Pierrot, teve uma jornada turbulenta, especialmente quando enfrentou desafios significativos devido ao devastador terremoto e tsunami que atingiram o Japão em 2011.
Michiyuki Honma, presidente da Pierrot, revelou em uma entrevista à Natalie algumas situações críticas enfrentadas pela empresa. Durante o desastre, a produção dos animes estava a todo vapor, com mais de quatro projetos por semana, incluindo Naruto Shippuden e Bleach.
No entanto, o caos se instaurou rapidamente. Várias emissoras interromperam as transmissões regulares e a renda da empresa tornou-se instável, colocando a produção e os salários dos funcionários em risco por cerca de dois meses. A situação era tão grave que a dissolução da empresa foi considerada.
Felizmente, a equipe da Pierrot não ficou desamparada. Com o Japão focado nos esforços de recuperação, o estúdio recebeu apoio crucial de outras produtoras e um empréstimo bancário, além de outras fontes de receita. Esse apoio foi essencial para que continuassem em operação.
O terremoto e tsunami de Tohoku em 2011 foram um dos maiores desastres naturais já registrados, com quase 20.000 vítimas fatais e prejuízos superiores a 200 bilhões de dólares. Apesar das dificuldades inimagináveis, Pierrot não apenas sobreviveu, como também adotou medidas para proteger-se contra futuras crises financeiras. Graças a essas ações e ao suporte da comunidade, Naruto Shippuden e Bleach não só continuaram a ser produzidos, como mantiveram sua enorme base de fãs engajada.