Jujutsu Kaisen redefiniu o gênero shonen ao infundir elementos sombrios e intensos em seu enredo. Em um mundo onde as maldições vagueiam, causando terror e morte, a série transcende a ideia convencional de maldade. Muitas vezes, as maiores ameaças não são entidades sobrenaturais, mas sim seres humanos com intenções sinistras.
Personagens como Juzo Kumiya e Haruta Shigemo exemplificam a realidade sombria de Jujutsu Kaisen. Juzo Kumiya, um antagonista marcante da primeira temporada, personifica a maldade em uma forma quase artística.
Sua obsessão em transformar seres humanos, especialmente mulheres jovens e poderosas, em objetos de moda, como cabides, reflete uma perversão além da compreensão. Essa inclinação para transformar a morte em um ato de criação distorcida destaca-se como um dos aspectos mais perturbadores da série.
Enquanto Juzo busca vítimas específicas para satisfazer seus desejos mórbidos, Haruta Shigemo representa uma ameaça diferente. Ele emerge no Arco do Evento da Boa Vontade e do Incidente de Shibuya, notabilizando-se por sua psicopatia e predileção por prezar pelos fracos.
Shigemo encontra prazer em atormentar indivíduos que não podem se defender, frequentemente escolhendo vítimas que estão feridas ou em desvantagem. Essa crueldade, combinada com a alegria sádica de prolongar o sofrimento de suas vítimas, contribui para um retrato alarmante da depravação humana.
Jiro Awasaka, outro vilão notório, não apenas mata seus oponentes, mas também se deleita em torturá-los. Desde jovem, Jiro utiliza suas habilidades para infligir maldições por ganância, mas seu prazer verdadeiro reside na agonia que pode causar antes da morte. Seus métodos brutais, desprovidos de qualquer vestígio de misericórdia, reforçam a ideia de que em “Jujutsu Kaisen”, a maldade humana é tão aterrorizante quanto as próprias maldições.
Naoya Zenin, oriundo do prestigioso clã Zenin, é um exemplo clássico de como o narcisismo extremo pode ser destrutivo. Sua visão das mulheres e a disposição em trair e machucar para atingir seus objetivos refletem uma distorção moral profunda, alimentada desde a infância por elogios constantes. Esse comportamento, unido a uma visão misógina do mundo, torna Naoya uma representação do ego e do poder corrompido.
Toji Fushiguro, conhecido como “Assassino de Feiticeiros”, é um personagem que personifica a indiferença brutal. Ele é movido puramente pelo dinheiro, disposto a cometer qualquer atrocidade se bem remunerado. Sua falta de energia amaldiçoada, combinada com habilidades analíticas aguçadas, o torna um oponente formidável. A negligência para com seus filhos e a disposição em matar uma garota inocente por dinheiro destacam a sua natureza mercenária e desumana.
Jogo, uma maldição de grau especial, simboliza o medo humano de desastres relacionados ao fogo. Sua capacidade de causar destruição em massa e seu desprezo pela humanidade são retratados de forma chocante, especialmente na cena onde ele incinera inocentes em um restaurante. Esse ato, além de refletir a natureza devastadora de Jogo, ressalta a frieza e a crueldade inerentes a essas maldições.
Mahito, uma figura central na trama, é uma maldição de grau especial com um desdém profundo pela humanidade. Sua habilidade de remodelar almas ilustra sua natureza depravada e seu desprezo pela vida humana. O caso de Junpei, transformado em monstro e conduzido ao desespero, exemplifica o sadismo de Mahito e sua visão distorcida de entretenimento.
Noritoshi Kamo, vivendo na era Meiji, ganhou notoriedade como o feiticeiro mais vil da história. Sua crueldade é exemplificada pelos experimentos desumanos que realizou em uma mulher capaz de dar à luz híbridos de espírito humano, culminando na criação das Pinturas da Morte. Tais atos mostram como o abuso do poder e da sabedoria pode resultar em consequências terríveis e monstruosas.
Inicialmente uma estrela em ascensão no Jujutsu High, Suguru Geto se desviou para um caminho sombrio. Sua transformação em um feiticeiro desonesto e sua visão distorcida de um mundo apenas para feiticeiros de Jujutsu ilustram um declínio trágico e perigoso. O massacre de uma aldeia inteira e o assassinato de seus próprios pais reforçam sua determinação cruel e a extensão de sua traição aos princípios do jujutsu.
Kenjaku, um feiticeiro antigo, demonstra o mal em uma escala temporal mais longa. Sua sobrevivência através do transplante de cérebro e a manipulação de corpos revela um abuso de poder e um desrespeito total pela santidade da vida. Sua disposição em cometer crimes horríveis ao longo dos séculos destaca sua natureza impiedosa e a ameaça que ele representa para o mundo.
Sukuna é talvez o exemplo mais extremo de maldade em “Jujutsu Kaisen”. Conhecido como o Rei das Maldições, ele é responsável por incontáveis atrocidades. Sua divisão de poder em 20 dedos amaldiçoados e sua falta de empatia, mesmo diante do sofrimento alheio, mostram uma malignidade profunda e um desejo incansável de alcançar seus objetivos, não importando o custo.
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