Fãs de mangá reagem à lei que obriga que artistas revelem suas verdadeiras identidades

Numerosos autores de mangá no Japão preferem manter seu anonimato ou evitar exposição pública. Contudo, uma nova legislação ameaça esse desejo de privacidade.

Segundo informações do Daily Dose of Anime, conhecidos mangakás, como Tatsuki Fujimoto (Chainsaw Man) e Kōhei Horikoshi (My Hero Academia), que sempre se mantiveram distantes dos olhares do público, poderão ser forçados a revelar suas identidades reais.

Isso é resultado da implementação do novo “sistema de fatura qualificada” japonês, que requer que os contratos sejam registrados nas agências fiscais com nomes verdadeiros, impossibilitando a utilização de pseudônimos.

Esse iminente decreto tem causado inquietação entre os fãs, já que respeitam a opção dos artistas por manter a privacidade, embora muitos gostem da ideia de interação direta com os criadores. Espera-se que a lei entre em vigor em outubro, deixando os leitores ansiosos pelo bem-estar dos mangakás que admiram.

As reações a essa lei variam. Enquanto alguns acham graça e imaginam a fila de leitores do Chainsaw Man reclamando a Fujimoto pela morte de seus personagens favoritos, outros expressam preocupações mais profundas. A tensão surge, em particular, para os mangakás como Gege Akatumi de Jujutsu Kaisen e Koyoharu Gotouge, criadora de Demon Slayer, que escondem seus nomes e gêneros reais. Os fãs questionam a justiça de revelar as identidades de gênero desses artistas ao público, visto como uma intrusão de privacidade.

Fãs de mangá reagem à lei que obriga que artistas revelem suas verdadeiras identidades

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A motivação por trás da nova legislação permanece incerta, mas alguns fãs especulam que poderia ser uma resposta a recentes incidentes envolvendo mangakás colecionando material pornográfico infantil, especificamente Nobuhiro Watsuki, criador de Rurouni Kenshin.

Apesar de alguns apoiarem a medida, acreditando que ela poderia prevenir esse comportamento no futuro, a opinião geral entre os fãs é de que não há uma relação clara entre a exposição de identidades e o combate a ações impróprias. Assim, o novo “sistema de fatura qualificada” é majoritariamente visto como um passo na direção errada.

Enquanto a implementação da lei parece inevitável, os fãs ainda podem apoiar mangakás anônimos, lendo séries como Jujutsu Kaisen e Demon Slayer.

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