Não é segredo para ninguém que acompanha “Attack on Titan” o quão habilmente a série tece tragédias pessoais em sua narrativa grandiosa. O último episódio serviu como o culminar dessa habilidade, e confesso que, ao descobrir o detalhe revelado em easter egg, senti um aperto no coração. Não é apenas um detalhe, é uma verdadeira carta de amor à trajetória dos personagens que crescemos vendo e torcendo.
Desde o princípio, a série nunca nos poupou das realidades brutais de seu mundo, mas há algo particularmente cruel – e ao mesmo tempo belo – na previsão das mortes de Eren, Mikasa e Armin através de suas brincadeiras infantis. Quem diria que aquela inocente corrida até a árvore que presenciávamos com ternura na infância dos personagens, carregava o presságio de seu destino final?
Essa brincadeira, onde Eren sempre chegava primeiro, seguido por Mikasa e Armin, era mais do que um jogo. Era um espelho do caminho que eles iriam trilhar, uma metáfora do ciclo da vida que “Attack on Titan” tão poeticamente nos apresenta. Eren, como líder nato da corrida, também liderou o caminho para o descanso eterno, deixando-nos em um estado de reflexão sombria sobre o sacrifício e a perda.
Mikasa, sempre a segunda, agora nos deixa com o legado de sua lealdade e amor, elementos que definiram sua vida tanto quanto suas habilidades de combate. E Armin, o eterno terceiro, sobrevive para testemunhar o mundo pós-Rumbling, carregando consigo a memória dos que se foram – um fardo que é tanto uma bênção quanto uma maldição.
As cenas pós-créditos, mostrando a progressão do tempo ao redor da árvore, são uma lembrança poética de que, no final, tudo o que resta são as memórias que criamos e as vidas que tocamos. Ver Armin como o último guardião dessa memória coletiva é um lembrete de que a história é feita tanto pelos que se foram quanto pelos que ficam para contar.
“Attack on Titan” sempre soube como fazer seus fãs sentirem profundamente, mas esse último adeus foi diferente. Não foi apenas a morte de personagens; foi o fechamento de um ciclo, o fim de uma era. Tal como na infância, Eren, Mikasa e Armin encontraram seu caminho de volta à árvore, e é lá que permanecerão, não só na história, mas nos corações dos fãs.
E mesmo com a melancolia que essa conclusão traz, há uma centelha de esperança – a possibilidade de um reencontro na vida após a morte. Pode ser um consolo pensar que, depois de uma vida de lutas e sacrifícios, nossos heróis possam encontrar paz juntos, em algum lugar além do alcance dos Titãs.
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