É evidente que algo está seriamente errado na indústria do anime, e o caso de Jujutsu Kaisen com o estúdio MAPPA é um exemplo perturbador. O diretor Hokuto Sadamoto, responsável pelo último episódio da segunda temporada, admitiu abertamente que o episódio ficou abaixo do padrão esperado, principalmente devido às duras condições de trabalho.
Essa declaração é especialmente preocupante, pois MAPPA não é um estúdio qualquer; estamos falando do mesmo estúdio que deu vida a obras como Attack on Titan e Vinland Saga.
A insatisfação de Sadamoto não é apenas uma questão pessoal ou um incidente isolado. Ele também revelou que as péssimas condições afetaram todo o “Arco do Incidente de Shibuya” no anime. Isso é um sinal alarmante, indicando que o problema é sistêmico e afeta a qualidade do produto final.
O diretor não foi o único a falar. Um animador da série também expôs o quão “atrozes” são as condições de trabalho no estúdio. O que é mais chocante é o tom de resignação na voz desse animador. Ele fala como se não tivesse nada a perder, apontando que o cronograma é “além de terrível” e que não comprometeria sua saúde por um salário que mal cobre o aluguel. Essa falta de preocupação com o bem-estar dos trabalhadores está levando a produtos de qualidade inferior, e é triste que isso esteja acontecendo em um estúdio renomado.
É inegável que o ritmo frenético e a sobrecarga de projetos estão afetando a qualidade dos animes. MAPPA, embora seja um grande nome, não é uma exceção. A confissão do diretor e o desabafo do animador revelam um problema muito maior que vai além de um único episódio ou série. Estamos falando de uma crise na indústria que precisa ser abordada. E não é só uma questão de entregar um produto de alta qualidade para os fãs; é também uma questão de dignidade e saúde para aqueles que trabalham incansavelmente para trazer essas histórias à vida.
Portanto, enquanto nós, como fãs, podemos sentir que um episódio de anime mal executado é uma decepção, é crucial reconhecer que por trás dessas telas existem pessoas. Pessoas que estão lutando, não apenas para atender às nossas expectativas, mas para manter um equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, o que, claramente, está pendendo perigosamente para o lado errado. Essa não é apenas uma falha do sistema; é uma emergência que precisa ser tratada agora.
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