Attack on Titan: Paradis poderia ser salvo sem o Rumbling?

Attack on Titan é o anime que nos fez questionar todas as verdades universais. Lembro-me bem daquele momento chocante na casa da família Yeager, quando todo o paradigma de Paradis foi virado de cabeça para baixo.

Até então, a ilha vivia praticamente na Idade Média, enquanto o resto do mundo estava em algum tipo de Renascimento tecnológico e cultural. E não me venha com essa de que eles estavam apenas tentando sobreviver; é como descobrir que você ainda está usando um Nokia 3310 enquanto todo mundo está com o último iPhone.

Mas o mais irônico de tudo isso? Enquanto Paradis estava usando cavalos e espadas, os outros países tinham armas e tecnologia, mas ainda consideravam os habitantes de Paradis como os “demônios”. É como culpar um homem armado apenas com uma pedra por todos os seus problemas. Por que o mundo os odeia tanto? Ah, certo, por causa de uma história antiga e preconceitos que persistem por gerações.

Reprodução: Attack on Titan/Crunchyroll

Falo sério, os esforços diplomáticos de Paradis foram como tentar apagar um incêndio florestal com uma garrafa de água. Mesmo com os Voluntários Anti-Marleyanos e a ajuda de Hizuru, qualquer chance de paz foi por água abaixo.

Toda a retórica diplomática se esvaiu mais rápido do que a paciência de Levi Ackerman com Eren. Claro, eles tentaram. Tentaram formar alianças, tentaram mostrar uma face mais pacífica, mas o mundo já havia decidido: eles eram os maus da história.

E então temos os planos de Zeke e Eren, duas faces da mesma moeda de desespero. Zeke, com seu plano de eutanásia, estava pronto para apagar todo o seu povo do mapa, como se isso fosse de alguma forma misericordioso. E Eren?

Ah, o cara decidiu que se o mundo o considera um monstro, então um monstro ele será. O Rumbling foi sua resposta tonitruante para um mundo que nunca lhe deu uma chance. E não pense que estou justificando as ações dele; estou apenas dizendo que, dadas as circunstâncias, entendo por que ele fez o que fez.

Reprodução: Attack on Titan/Crunchyroll

O único personagem que parecia ter algum senso era Armin. O cara sempre buscou uma solução pacífica, mesmo quando todas as chances estavam contra ele. Mas, infelizmente, a série deixa claro que ele era mais uma voz solitária no deserto. O Rumbling, no final das contas, talvez fosse inevitável, e isso é devastador.

Ao final de “Attack on Titan”, fica a questão: existe algum jeito de quebrar esse ciclo vicioso de ódio e preconceito? Talvez a resposta seja mais simples e, ao mesmo tempo, mais complicada do que imaginamos. Talvez seja parar de perpetuar esse ódio e começar a ouvir — antes que seja tarde demais e tudo o que reste sejam ruínas. Isso, para mim, é o coração pulsante de toda a narrativa.

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