The Rising of the Shield Hero, um anime isekai conhecido por sua abordagem polêmica e corajosa, teve um início controverso em 2019, quando sua primeira temporada foi lançada. A série destacou-se por tratar o tema da escravidão de forma questionável e leviandade, algo que continuou em sua terceira temporada.
Embora os fãs de anime isekai não esperem que séries do gênero evitem completamente temas complexos como a escravidão, há uma expectativa de que, se abordados, sejam tratados com a devida seriedade e sensibilidade moral. No entanto, “The Rising of the Shield Hero” usou a escravidão principalmente como um artifício de enredo, às vezes até de forma positiva, o que gerou críticas quanto à sua abordagem.
Na primeira temporada, o protagonista Naofumi Iwatani, um herói isekai, recorreu à compra de uma escrava, Raphtalia, para formar seu grupo de aventureiros. Apesar de seu relacionamento evoluir para algo mais paternal, Naofumi ainda apoiou o comércio de escravos. Na terceira temporada, suas ações continuam a sustentar essa prática, mesmo com boas intenções, como a tentativa de libertar demi-humanos escravizados. Isso levanta questões éticas e morais sobre suas ações e o enredo geral do anime.
Naofumi, na terceira temporada, encontrou novas formas de apoiar o comércio de escravos, como a venda de invasores humanos como escravos, o que levanta dúvidas sobre a moralidade de suas ações. O anime, ao não tomar uma posição clara sobre a questão da escravidão, sugere uma abordagem mais passiva e leviandade para um tema tão grave, o que pode levar os fãs a questionar se Naofumi realmente representa o “mocinho” da história.
Desde o seu início, o anime “The Rising of the Shield Hero” tem sido alvo de controvérsias e debates acalorados. Sua tendência para reviravoltas chocantes e sombrias, muitas vezes utilizadas para se diferenciar de outros isekais mais otimistas, como “That Time I Got Reincarnated as a Slime”, tem sido um dos principais motivos para essas discussões.
A série tem sido criticada por utilizar eventos controversos, como acusações de agressão sexual e o apoio ao comércio de escravos, que parecem desnecessários e servem mais como “brinquedos” narrativos do que elementos essenciais à história. O anime poderia ter explorado outros caminhos para desenvolver seu enredo sem recorrer a tais reviravoltas.
“The Rising of the Shield Hero” tem se mostrado inflexível em sua abordagem, insistindo em ser ousado e provocativo, mesmo quando há alternativas narrativas disponíveis. Esta escolha resultou em uma história que muitos consideram desajeitada e desnecessariamente divisiva, com a terceira temporada persistindo nesse mesmo caminho.
O uso da escravidão em animes isekai, como “The Rising of the Shield Hero” e “Black Summoner”, tem sido defendido por alguns como uma representação realista de mundos pré-modernos. No entanto, a crítica não se concentra na existência da escravidão nesses mundos, mas sim na maneira como é retratada e na resposta dos protagonistas a ela. A abordagem leviandade ou até a romantização da escravidão por heróis isekai é problemática.
Isekai, como gênero, tem o potencial de abordar a escravidão de maneira mais ética e responsável. Os protagonistas dessas histórias deveriam demonstrar um senso de ética e justiça, rejeitando o apoio a práticas malignas como a escravidão. A representação da escravidão não deve ser reduzida a simplificações como a aquisição de companheiros ou namoradas, mas sim tratada com a seriedade que o tema exige. É importante que os heróis, mesmo os anti-heróis, tomem uma posição firme contra a escravidão, refletindo o arquétipo do “rei demônio” como algo a ser combatido e erradicado.
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