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O mangá japonês não é apenas um fenômeno moderno. Com suas raízes mergulhadas em séculos de história e cultura, o mangá que conhecemos hoje se consolidou mais ou menos há sete décadas.
Desde então, o mundo viu o surgimento de várias obras-primas que conquistaram seu lugar em listas de mais vendidos.
Algumas delas se tornaram verdadeiros clássicos, enquanto outras, ainda em seus dias de juventude, já mostram sinais de grandeza.
É complicado determinar o que faz um mangá tornar-se um ícone cultural. Mas se fossemos falar em termos mais práticos, as vendas mostram que um título não apenas atraiu olhares, mas também manteve uma base de fãs. E aí que chegamos aos gigantes do mercado, que não só conquistaram corações como também esvaziaram carteiras. Confira abaixo os 20 mangás mais vendidos de todos os tempos, ranqueados por vendas!
De cara na lista de mangás mais vendidos, temos Capitão Tsubasa, que teve grande impacto cultural nos anos 80. A série foi um ícone que fez mais do que apenas entreter; ela motivou uma geração inteira no Japão a calçar as chuteiras e entrar em campo. Podemos até dizer que este mangá foi o “Slam Dunk” da sua época em termos de influência no mundo esportivo.
O mangá nos apresenta Tsubasa Oozora e seus amigos, que são movidos por paixão e dedicação ao futebol. A simplicidade das histórias, repletas de desafios e superações, capturou o coração dos fãs, eternizando Capitão Tsubasa como um dos mangás mais vendidos da história.
Lançado em 2006, Reino é um fenômeno seinen que continua em alta mesmo após mais de 60 volumes. O incrível é que sua popularidade supera até mesmo títulos que o precederam por décadas. O enredo nos leva ao período dos Reinos Combatentes da China antiga, acompanhando a vida do orfão Li Xin.
Li Xin não é apenas um personagem; ele é um retrato da busca por poder e status em um mundo caótico e violento. À medida que evolui de um simples orfão para um comandante formidável, Reino captura a essência brutal, mas fascinante, da guerra e liderança.
Se Capitão Tsubasa foca no futebol e Reino em guerra histórica, Touch consegue trazer um elemento emocional diferenciado através de um triângulo amoroso. Este mangá de beisebol dos anos 1980 não somente encantou leitores com seus personagens, mas também com sua narrativa que vincula sucesso esportivo e relações amorosas.
Centrado nos irmãos Tatsuya e Kazuya Uesugi e sua vizinha Minami, Touch cria um enredo em que o beisebol se torna o campo de batalha para o amor. A lesão de Kazuya serve como um catalisador para mudanças emocionais profundas, tornando a trama mais do que apenas um simples jogo.
Se você é fã de Detetive Conan, vai encontrar um prato cheio de mistério e intriga em The Kindaichi Case Files. Em execução desde 1992, esta série pode até ter menos volumes que seu similar mais conhecido, mas em nada fica atrás em termos de conteúdo.
O enredo segue Hajime Kindaichi, neto do famoso detetive Kosuke Kindaichi. Aqui, os mistérios vão além dos tradicionais “whodunnits”. Kindaichi lida com assassinatos que beiram o sobrenatural e muitas vezes envolvem o intrigante elemento de uma “sala trancada”, elevando o nível de suspense e desafio.
Poucos mangás esportivos alcançaram o patamar de “Hajime no Ippo“, uma saga que começou lá nos idos de 1989 e ainda persiste. Com uma contagem assustadora de 138 volumes, esse é um marco não apenas em vendas, ultrapassando 100 milhões de cópias, mas também em longevidade.
Ippo Makunouchi, o protagonista, é um sujeito tímido, dandere por excelência, que sempre está atarefado ajudando sua mãe. O rapaz conheceu o boxe de uma forma não muito convencional: após ser atacado por valentões, recebeu o incentivo de um boxeador aposentado. Essa foi a faísca que Ippo precisava para, digamos, sair do canto do ringue e lutar sua própria batalha. Seu comprometimento com o esporte se transforma em uma carreira que muitos apostariam ser de um eterno azarão, mas Ippo prova o contrário a cada nova disputa.
Quem gosta de mangá conhece “Fist of the North Star“. Desde sua estréia em 1983, a série já acumulou 100 milhões de cópias vendidas e continua a ser um dos títulos mais influentes, inspirando obras como “Vinland Saga” e “Berserk”. Com apenas 27 volumes, cada página é um retrato da brutalidade e da força.
O personagem principal, Kenshiro, é um artista marcial que se torna uma espécie de herói no cenário pós-apocalíptico do mangá. À medida que a história se desenrola, ele ganha aliados e inimigos, todos notavelmente complexos. Além das vendas e influência, “Fist of the North Star” também se destaca pela diversidade de adaptações em outras mídias, consolidando seu legado.
“Astro Boy” de Osamu Tezuka, é uma obra que data de 1952 e foi um divisor de águas no mundo dos mangás, mesmo com uma contagem modesta de 23 volumes e 112 capítulos. Este título, com mais de 100 milhões de cópias vendidas, é muitas vezes eclipsado por sucessos mais recentes, mas não se pode negar seu papel fundamental.
Nesse mangá, acompanhamos a vida do protagonista titular, que apresenta semelhanças com o Pinóquio de Carlo Collodi. Apesar de ter perdido um pouco de seu brilho em meio aos sucessos modernos, “Astro Boy” foi um pioneiro, dando origem a três adaptações de TV e pavimentando o caminho para o que viria a ser o boom dos animes.
Falando em sucessos modernos, “Ataque ao Titã” é uma força a ser reconhecida. Com vendas superiores a 110 milhões de cópias e 34 volumes, Hajime Isayama criou mais do que apenas uma história de monstros gigantes; ele projetou uma crítica afiada às estruturas de poder e à condição humana.
O palco é Paradis, uma ilha constantemente ameaçada por criaturas conhecidas como Titãs. Embora esses seres gigantes sejam o foco aparente, a realidade é que as relações humanas e os conflitos sociais são o verdadeiro núcleo da narrativa, o que a torna uma obra-prima tanto no terror quanto na análise social.
Agora temos “JoJo’s Bizarre Adventure“. Começando em 1987, este é um dos mangás mais peculiares e amados, com vendas de pelo menos 120 milhões de cópias. Atualmente, já são 131 volumes publicados e a série continua forte.
Cada arco da história introduz um novo protagonista, sempre com o apelido de JoJo. Este é um título que definitivamente não é para todos, mas se você é fã de dramas exagerados e enredos intrincados, esta é a série para você.
Com 130 milhões de cópias nas prateleiras dos fãs, “Bleach“, de Tite Kubo, é uma força a ser reconhecida. A série teve seus altos e baixos, incluindo uma pausa na adaptação em anime em 2012. Mas eis que ressurgiu em 2020, voltando às telas com 52 novos episódios.
Bleach é composto por 686 capítulos espalhados em 74 volumes, uma magnitude impressionante. A trama segue Ichigo Kurosaki, um ser humano que se transforma em um Soul Reaper, e nos leva em sua jornada épica. O título do mangá? Até agora, ainda é um mistério não resolvido.
Quando se pensa em mangá, gêneros como shonen ou seinen vêm à mente. Mas “Oishinbo” quebra todos os estereótipos. Centrado no mundo da gastronomia, este mangá, escrito por Akira Hanasaki e Tetsu Kariya, foi um sucesso estrondoso com 135 milhões de cópias vendidas.
Este verdadeiro banquete literário percorreu o paladar dos leitores de 1983 a 2014, com um hiato aqui e ali. Com um total de 111 volumes e um anime de 136 episódios, esta obra é uma relíquia no universo dos mangás.
Um dos membros mais jovens desta lista de pesos pesados é “Demon Slayer: Kimetsu No Yaiba“, de Koyoharu Gotouge. O mais surpreendente? Este mangá possui apenas 23 volumes e ainda assim, já vendeu 150 milhões de cópias. Além disso, deu origem a uma série de anime e um filme recordista.
A trama é focada em Tanjiro Kamado, um jovem cuja família foi massacrada, deixando apenas sua irmã transformada em demônio. A luta de Tanjiro para reverter essa maldição e vingar sua família capturou a imaginação de milhões.
“KochiKame: Tokyo Beat Cops“, de Osamu Akimoto, é uma verdadeira instituição no mundo do mangá, tendo vendido mais de 156,5 milhões de cópias desde sua estreia em 1976.
É um dos títulos mais longevos, com 201 volumes e diversas adaptações, desde filmes animados até séries de ação ao vivo. A história segue as aventuras cômicas de Kankicki Ryotsu na polícia de Tóquio. O que ele quer? Ficar rico rapidamente. O problema? Seus planos nunca dão certo.
Slam Dunk, de Takehiro Inoue, com suas 170 milhões de cópias vendidas, não é apenas um sucesso editorial. O mangá fez mais do que entreter; ele foi um catalisador para a popularidade do basquete no Japão. Publicado de 1990 a 1996, este clássico do esporte transcendeu seu meio, inspirando videogames, filmes e até mesmo uma fundação para jovens jogadores de basquete.
O protagonista, Hanamichi Sakuragi, começa como um novato tentando impressionar uma garota e se transforma em uma estrela do esporte. O crescimento dele espelha a evolução do próprio basquete no Japão, um legado duradouro que vai além das páginas do mangá.
Com mais de 250 milhões de cópias vendidas, Naruto, de Masashi Kishimoto, é uma força a ser reconhecida. Criado em 1999 e finalizado em 2014, este épico ninja se expandiu para animes, light novels e spin-offs. O enredo segue a trajetória de Naruto Uzumaki, um jovem ninja com um sonho: tornar-se Hokage, o líder máximo de sua aldeia.
Sua história tocou uma geração inteira e ajudou a solidificar o anime e o mangá como fenômenos globais. Embora muitos o conheçam mais pelo anime, o mangá é o coração e a alma dessa franquia gigantesca.
Embora possa ser considerado um mangá infantil, Doraemon, de Fujiko F. Fujio, é um ícone cultural no Japão. Desde seu lançamento em 1969, vendeu 250 milhões de cópias e inspirou inúmeros filmes e séries de anime.
A história do gato robótico do futuro que ajuda o jovem Nobita é atemporal, capturando a imaginação de diversas gerações. Doraemon é mais do que um personagem; ele é um símbolo da cultura japonesa.
Desde 1994, Detetive Conan, de Gosho Aoyama, mantém os leitores à beira de seus assentos. Com 270 milhões de cópias vendidas e contando, o mangá acompanha Shinichi Kudo, um detetive prodígio transformado em criança, enquanto ele resolve casos e busca uma cura para sua condição. É um dos poucos mangás que conseguiu manter um alto nível de qualidade e interesse do público por décadas.
Akira Toriyama nos presenteou com Dragon Ball, e o mundo nunca mais foi o mesmo. Com 260 milhões de cópias vendidas desde 1984, a saga de Son Goku se tornou um dos pilares do mundo shonen.
Não apenas levou ao surgimento de diversos animes, como também influenciou mangakás que viriam depois, inclusive os criadores dos “três grandes” shonen. As aventuras épicas de Goku e sua busca pelas Esferas do Dragão moldaram o gênero e se tornaram sinônimo da cultura pop global.
Talvez o mangá mais duradouro de todos, Golgo 13, de Takao Saito, já vendeu mais de 300 milhões de cópias. Este mangá seinen se destaca por sua longevidade e por explorar a vida de Duke Togo, um assassino profissional. Ele é um antídoto para aqueles que acreditam que mangás são apenas para jovens, provando que o meio tem espaço para histórias maduras e complexas.
Com incríveis 516,6 milhões de cópias vendidas, One Piece de Eiichiro Oda é uma lenda viva. Lançado em 1997, e ainda em andamento, este épico sobre piratas tem uma riqueza de personagens e enredos que o torna um fenômeno único. One Piece não é apenas um mangá; é uma instituição, tendo acumulado bilhões em vendas de produtos relacionados.
Em conclusão, cada um desses mangás não é apenas um best-seller, mas também um influenciador de cultura, esporte e até mesmo de outros mangás. Eles são fenômenos que ultrapassam as páginas impressas, provando o poder duradouro desse meio artístico.
Aí estão os 20 mangás mais vendidos de todos os tempos, ranqueados por vendas!
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Última atualização: 10/06/2024 17:28
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