A popularidade do Fullmetal Alchemist, considerado por muitos como um dos melhores mangás e animes de todos os tempos, gerou duas versões distintas de anime: Fullmetal Alchemist (FMA) e Fullmetal Alchemist: Brotherhood (FMAB). A jornada de Edward e Alphonse Elric, em sua busca para restaurar seus corpos e ao mesmo tempo desvendar uma conspiração abrangente, conquistou uma base de fãs apaixonada. No entanto, muitos desses fãs ainda se questionam sobre as diferenças fundamentais entre as duas adaptações.
As diferenças entre FMA e FMAB decorrem principalmente de sua relação com o mangá original de Hiromu Arakawa. FMA, lançado em outubro de 2003, contou com apenas cinco volumes do mangá à disposição para adaptação, enquanto FMAB, cujo episódio final foi transmitido na época do lançamento do último capítulo do mangá, almejava ser uma versão mais fidedigna ao material de origem. Até o trágico falecimento de Maes Hughes, ambas as versões acompanham de perto a trama do mangá, mas após esse ponto, a narrativa se bifurca dramaticamente.
FMA incorpora elementos adicionais ao enredo e desenvolve ainda mais personagens e eventos. O anime original, por exemplo, aprofunda personagens como Barry, o Açougueiro e Shou Tucker, proporcionando aos fãs uma conexão mais profunda. Em contrapartida, FMAB introduz esses antagonistas secundários apenas quando se tornam relevantes para a trama. Rose é um exemplo particular de uma personagem cujo papel foi significativamente alterado, de um personagem coadjuvante a uma peça chave nos planos sinistros de Dante.
O papel e a origem dos homúnculos em FMA vs. FMAB
A transformação dos Homúnculos é outro aspecto em que as duas versões se desviam. Essas entidades, antagonistas principais nomeadas em referência aos sete pecados capitais, têm seus criadores e identidades alteradas entre as séries. Por exemplo, na versão Brotherhood, Wrath é o Fuhrer Bradley e Pride é seu filho, enquanto no anime original, Bradley é o Pride. Já em FMA, Wrath é uma transmutação fracassada da mentora de Ed e Al, Izumi.
Outra distinção significativa reside na identidade dos antagonistas finais, Dante e o Pai. Ambos têm conexões com Hohenheim, mas enquanto o Pai cria os Homúnculos, Dante os encontra por acaso. À medida que as séries se concentram mais em seus objetivos e aspirações, os enredos se distanciam ainda mais.
Contudo, a diferença mais notável entre FMA e FMAB é como cada série termina. Enquanto FMAB adere fielmente ao final do mangá, fornecendo um fechamento orgânico e satisfatório, a conclusão do FMA é menos convencional. O final do anime original vem através de seu filme, “Conquistador de Shamballa”, que envia Ed para uma dimensão alternativa, essencialmente a Alemanha nazista, proporcionando um desfecho bastante peculiar.
Ambas as adaptações do Fullmetal Alchemist têm suas particularidades, sendo uma mais alinhada ao mangá original, enquanto a outra opta por explorar e expandir personagens e eventos. Em última análise, o FMA e o FMAB oferecem experiências distintas e enriquecedoras, cada um com sua própria interpretação da incrível jornada dos irmãos Elric.
Siga-nos no Google News para receber as últimas notícias de anime.